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 A FRENTE PELA VIDA propõe a solidariedade como base para a construção de políticas contra a violência e o ódio

A FRENTE PELA VIDA propõe a solidariedade como base para a construção de políticas contra a violência e o ódio

28-03-2023

A FRENTE PELA VIDA propõe a solidariedade como base para a construção de  políticas contra a violência e o ódio. 

Violência  nas  escolas  é  o  sintoma  de  uma  sociedade  adoecida  por  anos  de  propagação do ódio e produção do medo como técnicas de governo.  

A semana começou nesta 2ª. feira, dia 27 de março de 2023, com uma cena aterrorizante: uma quase criança,  um menino de 13 anos, usou a força que tem para desferir golpes de faca e matar uma professora de 71 anos, e ferir  outras cinco pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro em São Paulo. Infelizmente, cenas como esta têm se tornado  mais frequentes do que pudéssemos imaginar alguns anos atrás.  

Quatro anos de governo fascista e ultraliberal, o país se vê sequelado no seu pacto social, resultado da contínua  propagação  do  ódio,  o  que  levou  à  exacerbação  da  violência.  Ela  se  manifesta  na  vida  cotidiana,  entre  vizinhos,  comunidades escolares, bares, praças, lugares de convivência. A violência nas escolas é apenas um dos sintomas de uma  sociedade com dificuldades de reconhecimento da humanidade do outro, instigada à brutalidade e à intolerância por um  governo, de natureza racista, para o qual violência e produção do medo transformaram-se em técnicas de exercício do  poder.  

Hoje estamos diante da possibilidade de reconstruir as bases de um pacto social, cuja matriz esteja no conceito  de solidariedade. O antídoto para a concorrência, ganância, empreendedorismo liberal e estéril, é a reunião de potências  que a solidariedade comporta, base que deve cimentar as relações comunitárias, a força da participação popular, e  compartilhamento na definição das políticas sociais.  

O sucateamento da rede de educação, associada à precarização de outras políticas públicas, a falta de segurança  aliada  ao  incentivo  à  intolerância  propagado  nos  últimos  anos,  também  tem  deteriorado  as  condições  de  saúde  da  população. O aumento de acasos de agressão, produção da insegurança e medo, tem aumentado problemas relacionados  ao transtorno mental. O quadro exige imediato aumento dos investimentos públicos nestes setores, e políticas de apoio  e orientação às comunidades, para prevenção de eventos como este. 

Tudo isto leva a que a violência tenha se tornado uma epidemia que mata milhares de pessoas ao mês, e que  permanece sem uma resposta efetiva por parte das políticas sociais. É um dos mais críticos problemas de saúde pública  da atualidade, e muitas vezes ocorre de forma silenciosa e invisível, como a violência doméstica, que atinge mulheres e  crianças, contra populações periféricas e outros grupos vulnerabilizados. 

Prestamos nossa solidariedade às famílias das vítimas do ataque à escola, assim como a todas as vítimas da  violência  em  geral.  A  melhor  forma  de  homenageá-las  é  fortalecer  políticas  de  segurança,  que  valorizem  as  comunidades, acolham suas questões, e com elas decidam sobre assistência, saúde, educação, cultura, e cuidado, como  dispositivos para a construção de uma nova sociedade.  

FRENTE PELA VIDA
Rio de Janeiro, 28 de março de 2023.

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